Mito. Ao contrário
do que diz a crença popular, o alimento, se consumido moderadamente,
pode trazer benefícios aos pacientes com câncer.
Quando pensamos na alimentação de uma pessoa convalescente, em geral lembramos das recomendações tradicionais: a comida deve ser “leve”, saudável, nutritiva e de fácil digestão. Dentro desse contexto, a carne de porco deve ser evitada a qualquer custo, certo? Não necessariamente.
É parte do senso comum associar a carne de porco a uma alimentação gordurosa, pesada e pouco saudável. Indo mais a fundo no “conhecimento” popular, é frequente a alegação de que o alimento chega até mesmo a atrapalhar o processo de cicatrização de quem acabou de passar por uma cirurgia, por exemplo. O fato é que não há evidência científica que sustente essa crença.
Pelo contrário: esse tipo de carne contém grande quantidade de vitaminas do complexo B – especialmente B6 e B12 –, que, na verdade, contribuem para uma melhor cicatrização. É, ainda, uma importante fonte de proteína, já que contém todos os aminoácidos essenciais para a manutenção da saúde do organismo como um todo.
Mas é claro que todos essas propriedades nutricionais não devem ser um convite ao abuso. A recomendação, especialmente para os pacientes com câncer, continua sendo uma dieta balanceada, sem excesso de carnes em geral. No caso do porco, o ideal é optar pelos cortes magros (como o lombo), preferencialmente preparados na grelha ou assados, além de, é claro, evitar os processados, como presunto, salsicha etc. É bom lembrar que a carne deve estar muito bem cozida para evitar contaminações por outras doenças.
Fonte: O Estadão
Foto: Panka/ Arquivo Frimesa
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